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A historia por trás da linguagem de sinais


Antes de 1750, os surdos eram marginalizados, pois eram mal compreendidos, ficavam revoltados e frustrados. Por vezes eram tidos como loucos e afastados do convívio social. Quando adultos, eram forçados a fazer trabalhos desprezíveis, viviam isolados e eram considerados ineducáveis. Muitos surdos de famílias nobres eram forçados a ler e a falar para receber reconhecimento como pessoas da lei, conseguir títulos e herança e até então não havia escolas especializadas para surdos.


Em 1880, ocorre o Congresso Mundial de Professores de Surdos em Milão, Itália. Nesse Congresso é decidido que todos os surdos deveriam ser ensinados pelo Método Oral Puro e que seria proibido a língua de sinais. A partir de então, os professores e fonoaudiólogos deveriam utilizar o Oralismo. Calcula-se que levava em média 10 anos para se oralizar um surdo.


Somente em 1960 em que estudiosos, psicólogos e historiadores despertaram para o fracasso do oralismo, e logo foi criado a metodologia da comunicação total (sinais, leitura labial e fala). Atualmente é adotado o bilinguismo, a língua de sinais como primeira língua e língua da comunidade local como segunda língua.


Já aqui no Brasil, durante o Império de D. Pedro II, o professor Hernest Huet fundou o Imperial Instituto para Surdos-Mudos no Rio de Janeiro em 1857, e utilizava o Método Combinado. Na época, o Instituto funcionava como asilo, no qual só eram aceitas pessoas do sexo masculino que vinham de todos os lugares do país, muitas delas abandonadas pelas famílias. Os surdos brasileiros passaram a contar com uma escola especializada para sua educação e tiveram a oportunidade de criar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), mistura da Língua de Sinais Francesa com os sistemas de comunicação já usados pelos surdos das mais diversas localidades. Em 1957, o nome de Imperial Instituto foi mudado para Instituto Nacional de Educação para Surdos (INES). Hoje é um órgão do Ministério da Educação.


Somente no ano 2000 houve um reconhecimento oficial de LIBRAS pelo governo federal através da Lei 10436/02. Em 2005 ocorreu uma regulamentação da Lei, pois pelo Decreto 5626 determinou-se um prazo máximo de 10 anos para LIBRAS estar inserida nos currículos de Licenciatura, Pedagogia, Letras e Fonoaudiologia, e dois anos depois tivemos o Primeiro Exame de Proficiência da LIBRAS (PROLIBRAS) para a formação de intérpretes e professores, cumprindo assim o Decreto 5626/05.


As línguas de sinais, ao contrário do que se pode pensar, não são universais, pois existem a Língua de Sinais Americana, a Língua de Sinais Francesa, a Língua de Sinais Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), dentre outras.


As línguas de sinais, ao contrário do que se pode pensar, não são universais, pois existem a Língua de Sinais Americana, a Língua de Sinais Francesa, a Língua de Sinais Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), dentre outras.

Colocamos o alfabeto em libras pra você treinar um pouquinho e aprender sobre esse meio de comunicação tão pouco conhecido.


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