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ARTE E PUBLICIDADE


A publicidade sempre esteve em contato, de alguma forma, com a arte. Desde os pôsteres locais até as produções mais elaboradas que são vistas em televisões, elas sempre andaram juntas. A arte pode representar um diferencial na escolha na compra de um produto e na valorização do mesmo. É uma simbiose que funciona muito bem.


O movimento artístico Por-Art demonstra bem essa relação, apesar de ser para crítica, os artistas dessa época estilizavam produtos massificados, provenientes das esferas publicitárias, dos quadrinhos, cinema e outros afins, para reprovar o consumismo exacerbado que existia no período e permeia na sociedade.


Porém qual é a diferença das duas?


A diferença principal e mais importante é que a arte não tem uma finalidade objetiva, ao contrário da publicidade. A arte é uma atividade lúdica, e livre, ao contrário da publicidade que precisa adequar seus meios à venda de um determinado produto ou serviço.


Na criação publicitária como na arte manipulam-se técnicas da linguagem visual, precisa-se, por exemplo, saber que cores complementares dão contraste, conhecer os elementos formais e saber relacioná-los numa composição harmoniosa que transmita o conteúdo que se deseja. No entanto, na arte, dado o caráter intuitivo e muitas vezes inconsciente - próprio deste fazer - esses conteúdos na maioria das vezes resultam numa comunicação complexa, cheia de ambiguidades, metáforas e várias significações. Na publicidade, entretanto, encontramos todos estes recursos, porém longe de confundir ou supor mais de uma interpretação, elas funcionam como recurso estilístico e artifício de sedução, posto que pretende-se a objetividade. Na publicidade vende-se uma ideia. Na arte, ainda que a sociedade de consumo trate-a como uma mercadoria, na perspectiva do criador, a forma e o seu conteúdo têm uma motivação diferenciada que passa pelo desejo de expressão de uma espiritualidade.

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