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Primeira edição da Literaverso movimenta leitores da região

O evento recebeu aproximadamente 400 pessoas em dois dias (21 e 22 de junho), segundo a organização.

+ CONFIRA LISTA DE LIVROS DOS AUTORES PRESENTES NO EVENTO


Por: Djulia Lopes e Yasmin Dorti - 29 de junho de 2023 - Atualizado 30 de junho às 11h30

Colaboração: Gislaine Caroline


Na última semana, o Centro Universitário Campo Limpo Paulista - UNIFACCAMP recebeu a primeira edição da feira Literaverso, que aconteceu nos dias 21 e 22 de junho. O evento organizado pelos alunos de Comunicação Social (Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Rádio, TV e Internet), ocorreu no anfiteatro da faculdade e durante os seus dois dias recebeu aproximadamente 400 convidados.


A feira, que tinha o objetivo de conectar os leitores da região de Campo Limpo Paulista, trouxe aproximadamente 30 escritores de diversos gêneros, que tiveram a oportunidade de expor suas obras. Entre eles, alguns ex-alunos da UNIFACCAMP marcaram presença, como é o caso da ilustradora e publicitária Giulia Sobenes, que se sentiu honrada em receber o convite “Eu não imaginei que teria um evento literário tão grande e eu fiquei muito grata porque eu estou começando a me inserir nesse universo”, disse.


Alguns expositores aproveitaram para mostrar suas causas, como é o caso da escritora e produtora editorial Sílvia Andreotti, que além de oferecer serviços editoriais para escritores iniciantes, apoia a ONG Adote um Gatinho, que já doou mais de 17.000 gatos. “Tenho 7 gatos, conheci o trabalho da Adote um Gatinho e me aliei a eles, todos trabalhos que eu faço uma parte vai para ajudar com custos de ração e veterinário”.


Organizadores


Ana Gregório, organizadora, curadora do evento e escritora, conta que os resultados da feira foram positivos. "Os professores e reitoria estão surpreendidos e contentes com esses dois dias de feira. Eu particularmente estou feliz por todos, estudantes, pelo papel que desempenharam, professores pelo apoio, e escritores que me relataram o quão surpreendente foi e como eles foram bem recebidos, fato que destaca nossa feira de outros eventos que costumam participar. Há uníssono por uma segunda edição, haja visto o ambiente onde a literatura e sua importância imperou. Foi um espaço de conexão de fato. Foi o que nos propomos a fazer e deu super certo", contou Ana.


Visitantes


O sucesso da feira não foi percebido apenas pelos organizadores, como também para os visitantes, que aproveitaram as atrações e exposições e aprovaram o evento.


Cleide Santos Amaral Lima (41), babá e escritora iniciante, foi com sua filha, Nathalia, para conhecer a feira e a faculdade. "Eu participo do Set Literário, estou começando agora a escrita. Eu vim conhecer a feira e é a primeira vez que eu vim na faculdade. Achei a feira algo bem diferente, tem diversidade. É algo inédito para mim, uma experiência única, de estar conhecendo os escritores, porque até o momento eu só os via pelas redes sociais. E também é a minha primeira vez pisando em uma faculdade, meu sonho é fazer faculdade", contou Cleide.


"Há uníssono por uma segunda edição, haja visto o ambiente onde a literatura e sua importância imperou."

Ana Carolina Argollo (20), estudante de Publicidade e Propaganda, conta que gostou do evento. "Está muito legal. Tem bastante autores não conhecidos que a gente pode conhecer. Achei interessante que tem um autor que escreveu um romance se passa em Jundiaí", contou Ana.


Thalles Henrique de Souza (33), diretor de marketing, visitou a feira nos dois dias de evento. "Eu vim duas vezes porque eu gosto de apoiar qualquer projeto que tenha relação com literatura. Quanto ao evento em si, achei bem interessante, eu gostei deles trazerem vários autores, vários projetos, gostei das instalações das salas temáticas e as diversidades de projetos que tem nas mesas pra vender", contou Thalles.


As noites contaram com diversas atrações


A roda de conversa foi uma das várias programações que movimentaram o evento, neste momento os visitantes puderam ouvir mais sobre as obras e idéias apresentadas pelos escritores convidados, além disso também tiraram suas dúvidas sobre os livros.

Durante a Batalha de Rima Literária, diversas palavras tiradas do universo das letras viraram tema para rima: “poesia”, “romance” e até “Harry Potter”, são algumas delas. O desafio contou com quatro rappers da região, que mostraram mais da sua arte enquanto tornavam a literatura mais divertida, o jornaleiro e estudante de jornalismo, Filipe Gebran (19), foi um dos participantes “Foi importante esse espaço que disponibilizaram. Temos uma riqueza literária em nosso país e a batalha de rima nós mostra onde essa riqueza reverbera”, comentou Gebran.


Experiência imersiva


Na intenção de tornar o evento mais interessante, os alunos da UNIFACCAMP criaram duas salas imersivas, que ficaram abertas para o público durante toda a feira, os temas escolhidos para os inéditos ambientes seguiram a maior das características da temática do evento: a Literatura. Com cenários instagramáveis, experiências interativas e personagens caracterizados, as atrações foram um sucesso e diversos participantes passaram pelo local.


A mais famosa das obras de Lewis Carroll foi inspiração para os alunos do curso de Letras, que foram responsáveis pela criação da sala que se aprofundou na literatura infantil e levou os visitantes da feira diretamente para o mundo de Alice no País das Maravilhas. A aluna Natalia Rainho (20) explicou sobre o processo de criação “Pegamos toda a pedagogia que havia em nós, todo o lado artístico e aplicamos aqui, tudo foi criado por nós no puro artesanato, saiu da nossa cabeça. É o País das Maravilhas de letras “.


“A experiência que a gente quer é provar que literatura é gostosa, e é divertida."

Este tema foi escolhido por despertar grande memória afetiva das pessoas, e por sempre ser recebido com carinho até por quem nunca leu o livro, mas que conhece a história através do filme ou do desenho. “A experiência que a gente quer é provar que literatura é gostosa, e é divertida. Não é aquele camalhaço gigante, é um universo incrível de possibilidades, que tem coelhinho fofinho e chapéu maluco, isso é literatura” explica a aluna.


Para que a experiência se estendesse além da feira, os alunos encontraram uma forma de emergir os participantes na história sem que houvesse a obrigatoriedade de ler o livro, e criaram um site divertido que traz de forma leve mais informações sobre a obra.


“O próprio papel do Literaverso é isso, tirar a literatura do baú que fica dentro da universidade, para trazer para o mundo, para o espetacular e para o divertido” Finaliza Natalia. Confira o site aqui.


A segunda sala, criada pelos alunos do curso de Rádio, TV e Internet, levou o público para dentro de famosas obras de terror. A composição de cenário, sonoplastia e luzes tinha a intenção de assustar, além de criar interesse nos participantes, como conta a estudante Amanda Alves de Andrade (24) “Buscamos referências para que quando as pessoas batessem o olho, já associassem com o livro ou com o filme que é baseado” .


A sala de terror começou a ser idealizada quando os alunos entenderam que a literatura podia ser uma experiência imersiva “Todo mundo acha que o livro é só baseado em letras, mas também existe a imersão, a sala imersiva traz isso pra gente, navegar sobre um livro que parece que não pode ser real. A gente pode trazer um cenário pra ele, isso impulsiona as pessoas a lerem” Explica a aluna.


Concurso de cosplay


O evento contou com um concurso de cosplay literário, na qual os participantes se fantasiaram de personagens da literatura. Dos concorrentes, apenas três foram os vencedores.


Eric Ramos Moral (29), estudante do 5° semestre de Letras, foi um dos ganhadores do concurso com o seu cosplay de Chapeleiro Maluco, da obra "Alice no País das Maravilhas". "Primeiro a ideia surgiu da sala imersiva. A gente teve a ideia de cada um dos organizadores se vestir de um personagem, mas eu nem tive tempo de escolher que os meus colegas já falaram 'Você vai ser o chapeleiro!' e no fim das contas eu aceitei, porque eu gosto dele. Eu me identifico com ele e é um dos meus personagens favoritos da Alice no País das Maravilhas. Eu já fiz cosplay outras vezes de animes. Me colocaram no concurso, eu nunca tinha participado, então eu resolvi participar. Eu achei que eu iria morrer subindo no palco porque eu sou tímido, mas eu fiquei de boa. Foi legal e surpreendente para mim ter ganhado o concurso, eu não esperava" contou Eric.



+ O Jornaleiro separou livros de alguns autores que estiveram presentes na Literaverso para você conhecer mais. Confira:


Mais uma noite com as rãs, escrito por Débora Niklaus (UICLAP, 2022), mostra como a procrastinação nós leva a ruína e trás a reflexão sobre nossas escolhas, ações, influências e a brevidade da nossa vida. A autora se baseou no texto bíblico que apresenta a história de um faraó e como seu povo sofreu as consequências de sua procrastinação.


 

Exílio, escrito por Anna Grego (Lura Editorial, 2020), traz a história do arcanjo Rafael que tem como missão salvar a alma de um homem condenado. Assim que o trabalho for cumprido, o anjo poderá voltar ao reino celeste. Porém, ao longo dos desafios, encontra uma humana chamada Eva que se dá conta que está no meio de uma guerra muito maior do que ela poderia imaginar.



 

Eu gostaria de saber qual é a sensação de ser livre, da escritora Sabrina Gottschlisch (Voz de Mulher, 2023), contém vinte histórias narradas e que trazem a dor de casamentos infelizes, mostrando sem tabu a maternidade, no qual muitas mulheres se sentem sozinhas e sem saída. A autora nós leva a refletir sobre o olhar maldoso que a sociedade tem sobre essas mulheres e a luta que carregam “em uma sociedade patriarcal e assassina”.



 

O país do futuro, organizado por Podre Flores (lançamento independente, 2021), nos provoca a pensar no futuro do país e nos perguntar como será a sociedade, a tecnologia e o mais importante: nossos sentimentos. Onze artistas deram vida a essas histórias em quadrinhos e tiveram diferentes olhares a nossa realidade.



 

O cemitério das orquídeas conta a história de um casal que esperava seu primeiro bebê, mas após um triste atropelamento ocasionado por um caminhoneiro a gestação acaba não chegando ao fim, Bruno o pai da bebê está disposto a se vingar, e acaba descobrindo uma história muito maior por trás, levando-o a pessoas conectadas a um cemitério cercado por orquídeas, flores que guardam muitos segredos. O livro é escrito por Thiago Pinheiro (UICLAP, 2020).



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