O medicamento ainda se encontra disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)
Por: Yandra Olhier - 08de novembrode 2022 às 22h35
A cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil atualmente é de 63% das crianças entre um a cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. Bem abaixo da meta, que é de 95%. O Programa Nacional de Imunização (PNI) recomenda que a vacina inativada, em forma de injeção, deve ser aplicada aos dois, quatro e seis meses de idade do bebê. A vacina via oral (em gotinhas), que serve como reforço, deve ser dada entre os 15 e 18 meses e novamente aos cinco anos de idade. Para a Técnica de enfermagem Jocelaine Restivo (46), que trabalha na área da pediatria da Medclinica Moratense “Embora nosso país seja referência com o calendário de vacinação muitas pessoas estão deixando de vacinar seus filhos”.
No dia 12 de abril de 1955, era anunciada ao mundo a descoberta da primeira vacina contra a poliomielite, doença também conhecida como paralisia infantil. Os primeiros testes foram eficazes em 80% dos casos. Era o começo de uma vitória contra a poliomielite, provocada por um vírus altamente contagioso, que afeta principalmente crianças pequenas.
A pólio se multiplica no intestino, invade o sistema nervoso e causa deformações no corpo, podendo levar à morte.
No Brasil, a epidemia mais grave ocorreu no ano de 1986, no Nordeste. Investigações mostraram que o problema estava na vacina contra o soro tipo 3, utilizada desde 1980 e que não fornecia proteção suficiente, a vacina foi então modificada e só então a poliomielite foi erradicada.
Hoje, a maioria dos países promovem campanhas de vacinação contra a paralisia infantil usando a vacina Sabin, que hoje em dia faz parte do calendário básico de vacinação das crianças brasileiras que tomam três doses da vacina.
“O dever dos responsáveis vai além dos cuidados gerais, eles devem garantir uma infância saudável, e com a vacinação em dia garantimos uma infância saudável e isso refletirá na vida adulta do mesmo'', completou a técnica de enfermagem Jocelaine Restivo.
