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Álbum da copa se torna febre entre colecionadores

Com figurinhas vendidas a centenas de reais, colecionadores se reúnem em pontos de troca para completar o álbum

Por: Caroline Camargo - 27 de setembro de 2022 às 22h00


A Copa do Mundo de 2022 trouxe de volta aos brasileiros o sentimento de patriotismo e união, além da torcida pelo hexa, outra febre trazida pelo campeonato é o tradicional álbum de figurinhas. Crianças, adultos ou idosos, não importa a idade. A cada quatro anos as bancas de jornais se tornam o local de parada preferido dos colecionadores, todos com o mesmo objetivo: completar o álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Em Jundiaí, diversos pontos foram adotados como pontos oficiais de troca de figurinhas.


Para o colecionador Carlos Ximenes (57), completar o álbum da Copa já se tornou tradição. "Ganhei um álbum da copa de 2006 aí peguei o gosto pela coleção e não parei mais. Tenho alguns: de 2006 2010 2014 2018 e agora 2022”, conta o comerciante.



Álbuns da coleção de Carlos (Fotos: arquivo pessoal)


Aos 57 anos, Carlos se orgulha da coleção que mantém e faz questão de repassar a tradição para outras gerações da família. “Muitos amigos também colecionam, e na família já são vários também, primos, irmãos, filhos e sobrinhos”. Para os colecionadores como ele, nem mesmo os altos preços têm importância, o que vale é completar o álbum “Ver a empolgação dos meus sobrinhos quando conseguem uma figurinha nova não tem preço”.



Carlos Ximenes, comerciante e colecionador de álbuns da Copa do Mundo. (Foto: reprodução TV TEM)

Ao contrário dos anos anteriores, o álbum da Copa deste ano se tornou um item valioso. Ao invés de trocarem ou “ganharem” figurinhas em apostas e jogos com amigos, muitos colecionadores nem mesmo as colam no álbum. Esse fenômeno pode ser explicado pela alta procura das figurinhas raras como o “Neymar dourado”, que chegam a ser vendidas por centenas de reais na internet.


Além de fazer a alegria dos colecionadores, as vendas dos álbuns da Copa se tornaram o ponto forte de inúmeras bancas de jornais pela região. Na lista das “profissões em extinção”, os proprietários desses comércios comemoram a chegada da Copa. “É com certeza o ponto forte. Todos os dias o que mais vende é álbum e figurinha”, conta Luciano, proprietário da Banca Pitangueiras em Jundiaí um dos principais pontos de troca de figurinhas na cidade.



Coleção


A Panini, empresa responsável pela fabricação do álbum, produz o material desde 2002 com autorização da FIFA. O álbum de 2022 tem 670 figurinhas, sendo 50 especiais e 80 raras. Algumas figurinhas raras, douradas e pratas, estão sendo vendidas a centenas de reais na internet para colecionadores.


Os pacotes de figurinhas custam R$4,00. O álbum de capa comum custa R$12,00 e o de capa dura R$44,90. O preço salgado vem gerando bastante comoção entre os torcedores, que pagaram R$2,00 no Mundial de 2018 e R$1,00 na Copa de 2014, no Brasil.

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